quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Crianças e suas curiosidades.


As crianças têm “coisas” que me chamam muito a atenção, e entre essas coisas: elas são cruéis. Elas são sinceras. Elas dizem o que pensam, olhando nos seus olhos, com aquele tom insuportavelmente sincero. Aqueles rostos delicados, de bochechas redondas, e sorrisos inocentes, não me enganam. Por trás de toda essa inocência, se esconde um espírito cruel e traiçoeiro. Não que algumas alminhas não se salvem. Como eu sempre digo: sempre há exceções. Ou seja, até é capaz de você, um encontrar uma criança de fato, doce e fofa. Chego a essa conclusão, graças as minhas primas e também, minha irmã mais nova. Quando olho para aquelas crianças, todas juntas, em um aniversário ou uma data importante, onde a família se reúne em volta da mesa, eu vejo a vontade delas em incomodar no brilho de seus pequenos olhinhos. Crianças me dão medo. Quanto mais você conversa, explica, e tenta acalma-la, mais ela berra, esperneia, e tem casos que até se jogam no chão. Seja por manha ou apenas para te deixar louca mesmo. Irmãs mais novas sentem raiva das mais velhas. É incrível, como elas fazem tudo para ser como você, e quando não conseguem, elas dedicam todo o tempo da vidinha delas para infernizar a sua vida. Elas sentem ciúmes, elas querem o mesmo sapato que você, elas querem o mesmo refrigerante você, elas querem ter o quarto como o seu, elas querem a mesma bala que você comprou, elas querem o seu copo, o seu prato, o seu talher, o seu lugar na mesa, elas querem tudo o que você tem. Elas são possessivas e obsessivas. E eu volto a afirmar: eu tenho medo de crianças. Raramente, quando pego minha irmã na escola (ela tem seis anos.), observo aquele bando de criança, quando o sinal toca, liberando-os para ir embora. Ouso compará-los com um bando de touros em um campo livre... Onde eles correm, correm, correm, e correm mais um pouco, só para ser o primeiro a sair pelo portão da escola. E quando saem pelo portão, esbarram em todo mundo, feito malucos. Gritam com os colegas nas filas. Empurram-se ao passar pelo portão, atropelam todos que tiverem pela frente, andam pelo meio da rua, sem ao menos se preocuparem se vão chegar a suas casas com todos os ossos no lugar. Eles não têm medo de carros, elas sabem voar. Mas o pior é quando você espera na porta da escola, e aparece uma criança, de mais ou menos dois e três anos, e pára na sua frente com os olhos fixos em você. O que você faz? Olha para o outro lado, finge não estar vendo ela ali te comendo com os olhos. Mas você não consegue disfarçar por muito tempo, logo seu olhar encontra com o da criança te olhando fixamente. Séria, com a chupeta na boca, e às vezes até com uma expressão brava. Eu sinceramente não as entendo. Porque elas amam incomodar as pessoas a sua volta? Elas não conseguem ficar um minuto se quer, paradas. Isso é impossível para elas. Elas são cruéis, naturalmente, cruéis. Quando elas gostam de você, elas são realmente muito fofas, simpáticas, sorriem abertamente assim que a vê, elas brincam com você, elas são legais e também leais. Mas, quando elas não gostam... Elas fazem de tudo para deixar isso muito claro. Minhas primas e irmã, por exemplo, não gostam de mim, e deixam isso muito claro. Quando eu estou em casa, com dor de cabeça, por exemplo. Elas ligam o rádio, aumentam o volume assim que encontram uma estação que esteja tocando “Justin Bieber”, e como se ouvir esse garoto “cantando” não fosse castigo suficiente, elas começam a cantar junto com ele. Detalhe: você pediu mais de quatro vezes para elas não fazerem barulho. Porque crianças são assim? Porque elas são ágeis demais? O que elas têm de pequena, elas têm de elétricas. Eu não consigo entender de onde vem tanta motivação para atentar a sua vida. De onde vem tanta vontade de te deixar louca. Eu tenho medo de crianças. Ainda mais, se forem da minha família. Crianças: seres complexos e naturalmente cruéis.



(PS: eu ainda gosto das crianças, apesar de tudo isso acima.)

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